Numa enquete feita em nosso grupo, hum mil novecentos e setenta e oito portadoras de endometriose assinalaram ter mais de uma doença autoimune incluindo a endometriose, que sim, comprovadamente não só em fatos da vida real que até vale muito mais que alguns estudos, dos quais, infelizmente, poucos são divulgados, atestam ser portadoras de outras doenças classificadas como autoimunes, onde a mais votada foi a tiroide de Hashimoto e o segundo lugar fica para a psoríase, que segue por ordem decrescente com a dermatite herpetiforme, alopecia areata, urticária, artrite reumatóide, doença celíaca, anemia hemolítica, colite ulcerativa, doença de chron, gastrite autoimune, doença da coagulação, síndrome de sjogren, vitiligo, lúpus, doença de graves, neuropatia, diabetes tipo 1, esclerose múltipla, hepatite tipo 1 ou 2, arterite temporal, pancreatite, cirro biliar primária, pênfigo, entre outras….

Nota-se que hormônios da tiroide são os mais afetados depois dos hormônios produzidos pelo sistema reprodutor também, por conversarem entre si quando um cai o outro tropeça e de fato a psoríase também está ligada ao estresse assim como é marcante essa característica no perfil da maioria das Endometríacas.

No ano de 2010 teve um estudo que fizemos questão de ressaltar, onde foi relacionado a Endometriose com a Autoimunidade e publicado na Revista Brasileira de Medicina, mesmo que muitos médicos ainda relutem mediante essa questão, as evidências não negam os fatos e a doença deve sim ter uma abordagem autoimune em termos de cuidados e tratamento.

Segue breve resumo desse estudo:

“A endometriose agrega uma série de teorias, a mais aceita, é o fluxo retrógrado, embora falha em explicar individualmente, dando assim, margem a outras hipóteses complementares como a autoimunidade, que pode ser evidenciada por uma série de mecanismos de natureza inflamatória, entre eles o polimorfismo do gene PTPN22, considerado um sinalizador da presença de doenças autoimunes e cogitado como futuro marcador de endometriose.
3 vertentes de análise foram observadas:
– Imunidade Humoral, na tentativa de avaliar as anormalidades, estudaram três grupos, sendo quarenta e cinco com endometriose, quinze lúpicas e vinte e uma saudáveis, entre dezoito e quarenta anos, o estudo apontou a presença de auto-anticorpos como FAN em 8% das pacientes com endometriose, 13% das lúpicas e nenhuma das saudáveis. O aspecto de associação entre doenças autoimunes e endometriose é amplo, englobando não só doenças reumatológicas, como também tireoidianas.
– Imunidade Celular, observaram que o recrutamento das células, ocorre em estágios mais precoces de endometriose, havendo um aumento de leucócitos no líquido peritonial de mulheres com endometriose em estágio mais recente, já nos estágios mais avançados, os autores apontaram para uma diminuição de monócitos, possivelmente pela diferenciação em macrófagos, estes estão altamente ativados no peritônio das pacientes, sucitando a hipótese de que possam ter papel crucial na resposta imune da doença. É necessário que o bloco de endométrio que migrou por refluxo até a cavidade abdominal, seja suficientemente hábil para se esquivar do sistema imune e ali permanecer, e essa permanência se dá primeiramente por meio de uma deficiência imunológica.
– Gene PTPN22, esse gene presente no cromossomo 1p13, codifica a proteína fosfatase tirosina linfoide, cuja alteração leva a ocorrência de fenômenos autoimunes, em pacientes com endometriose demonstraram a presença de polimorfismo do PTPN22, nesse contexto, acredita-se, que seja não só um indicador de autoimunidade, mas também um marcador de endometriose, sendo assim, bastante consistente em reforçar a hipótese da endometriose ser uma doença autoimune.
Conclusão: Indubitavelmente, o aprofundamento do provável mecanismo autoimune da endometriose guiará novas terapias, assim como elegerá marcadores confiáveis.”

De lá para cá o que podemos ver é que portadoras da doença que focam em cuidar do sistema imunológico que está 80% localizado no intestino, sem bloquear a menstruação e sem o uso de drogas sintéticas, tem tido uma melhora significativa no quadro clínico e muitas, como eu já tem a remissão da doença comprovada em exames, não só a remissão da endometriose como no meu caso, da psoríase também que foi embora por tabela.

Agora precisamos entender, que tudo o que comemos cai nele, no intestino, e quando ele está deficiente, ele “vaza”, cai na corrente sanguínea e causa a inflamação, então, é pela boca também que prejudicamos ou fortalecemos esse nosso sistema.

-O que prejudica? Alimentos industrializados, processados, alumínio, chumbo, drogas medicamentosas como antibióticos, anticoncepcionais, algumas vacinas, além de nossas emoções e sentimentos negativos, devida a ligação intestino X cérebro que também já está mais do que comprovada essa relação, tanto que o intestino já é considerado nosso segundo cérebro.

-O que fortalece ele? Comida de verdade, limão em jejum, cúrcuma, glutamina, enzimas digestivas, pré e probióticos, atividade física, uma dose de sol para absorver vita D e nossas emoções positivas e sentimentos bons.

Portanto quem tem endometriose pode desenvolver qualquer outra das mais de oitenta doenças denominadas autoimunes, muitas delas tem uma tendência genética, que acabam sendo desenvolvidas por fatores ambientais que a deflagram, cujo maior gatilho é o estrógeno estimulado por diversos fatores e olha só, quando temos um problema no coração procuramos um cardiologista, um pneumologista para cuidar do pulmão, assim como um ginecologista para olhar o sistema reprodutor e um proctologista para verificar o intestino, mas pasmem, não existe uma especialidade médica classificada para esse tipo de doença apenas e infelizmente nos deparamos com proctologista que não entende de autoimunidade e com ginecologista que nem tem conhecimento sobre doença autoimune nenhuma, é essa triste realidade que vivemos, pode se beliscar que é real, infelizmente!

Mas a boa notícia é que o tratamento não é com corticoide não como muitos médicos, geralmente clínicos gerais prescrevem e sim com mudanças no estilo de vida, sendo assim, doenças consideradas crônicas, não tem cura, mas tem remissão que é a mesma coisa, basta promover saúde e blindar o sistema imunológico para não pegar e nem contrair vírus, seja desde uma simples gripe ou desses surtos anunciados, como coronavírus, H1N1, dengue, chicungunha, hepatite, influenza, ebola, trata-se de vírus e a questão é como nos protegemos deles, sejam eles quais forem!

Quem corre o risco em crises de epidemia ou pandemia?

Idosos, crianças, portadores de doenças autoimunes DESCONTROLADAS e pessoas cuja a imunidade está baixa!

Você aí que se cuida, suplementa adequadamente, se alimenta com qualidade, dorme bem, pode ficar tranquila, é só manter a boa higiene pessoal e os cuidados já mencionados e divulgados durante essas crises, além de aumentar a ingestão de água que não tem segredo, é simples assim sim, são práticas que condizem com o amor próprio e dessa forma, nem gripe a gente pega de verdade, pode acreditar!

Entrar em pânico além de não resolver, contamina a inteligência e causa cegueira temporária eliminando qualquer possibilidade de encontrar o Norte, além de afetar diretamente o sistema imunológico abrindo a porta e deixando ele suscetível nesse caso aos vírus!

Então, calma, respira, foca na solução e use a sabedoria para BLINDAR SUA IMUNIDADE, o mais importante é divulgar saúde e não propagar a doença, vem com a gente nessa pegada porque quando a saúde reina não há doença que impere, borá lá!

​31/05/2018 atualizado em 13/03/2020
Ariane Steffen

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4 thoughts on “Autoimune sim

  1. Renata Gomes de Santana disse:

    Caramba

  2. danieeugenia disse:

    Ari, outra doença autoimune que tenho é tireoidite de hashimoto (hipotireoidismo) além de endometriose e adenomiose. É possível também curar isto de forma natural? Nas aulas você falou que o uso de qualquer hormônio sintético triplica o risco de doenças cardiovasculares, daí é só anticoncepcional ou os de tireoide também? Uso o puran t4, se eu não tomo ele um único dia eu fico totalmente sem disposição e energia de vida!! 🙁
    OBRIGADA desde já!

    1. admin disse:

      Sim Dani, mas nesse caso você tem que procurar um médico/nutrólogo que trabalhe com modulação hormonal natural de T3 e T4 sublingual para desmamar o puran que age como um “anticoncepcional” da tiróide! 😉

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