O vapor proporciona diversos benefícios para a saúde, não é à toa que muitos profissionais indicam fazer sauna de quinze à vinte minutos uma vez por semana ao menos.

O benefício da prática é comprovada em vários estudos, constatando que melhora a circulação sanguínea, regula pressão arterial, diminui risco de doenças neurodegenerativas, alivia dores de cabeça e outras crônicas, abre os poros, vias aéreas, nasais, beneficiando a função pulmonar, limpa a pele, promove relaxamento aliviando dores decorrentes de tensão nervosa, melhorando o estresse, aumentando hormônios do prazer que traz mais humor a quadros depressivos inclusive.

Detalhe: Estudo feito em animais diz que estímulo do colo uterino aumenta em 200% o hormônio do amor chamado ocitocina e o vapor é um meio de estímulo!

Agora, imagine esse vapor da água potencializado com as propriedades medicinais das ervas?

Pois é exatamente o que fazemos na prática milenar da vaporização do útero, que nada mais é do que expor a vagina ao vapor da água que envolve a vulva, canal vaginal e útero, uma sauna local que tem todo um ritual a seguir.

O ideal é fazer em um ambiente tranquilo, fechado sem corrente de ar, luz baixa, som adequado se desejar, em ondas de paz e em clima de meditação, a frequência Hertz do amor é uma boa pedida, deve ficar coberta no mínimo da cintura para baixo para o vapor não dissipar.

Precisa ter uma cumbuca de barro, cerâmica ou vidro, enfim, um recipiente que suporte e retenha o calor.

Para receber o calor pode ficar agachada de cócoras ou de joelhos em duas almofadas mais altas, para que a cumbuca se acomode abaixo da vulva, mas com o banquinho apropriado é bem mais confortável. (Pesquise “banco para vaporização do útero” na internet que tem bastante opção)

Qualquer pessoa pode fazer, salve algumas restrições normalmente temporárias, então atenção: – não fazer logo após uma cirurgia, nem com ferida aberta no útero e em meio a uma crise de candidíase ou vaginite ativa, portadoras de endometriose/adenomiose com DIU independente de qual seja não faça, laqueadas por stent idem e grávidas também não devem fazer!

Pode ser realizada em qualquer fase do ciclo, exceto tentantes que é indicado fazer apenas na primeira metade do ciclo, caso ocorra gravidez na segunda metade, evite o vapor.

Uma boa data para a prática são as mudanças das fases da lua, escolher o dia da virada intensifica a ação, intenciona mais na lua crescente, quer menos faça na lua minguante, se encher de algo na lua cheia e novos rumos para a lua nova…traga um propósito para o dia e solte ao universo!

O cuidado na escolha das ervas é fundamental, algumas ervas podem oscilar a pressão, se liga então quem tem pressão alta ou baixa, assim como tem ervas que cessam o sangramento, tem outras que intensificam o fluxo, entre outras ervas que não podem ser ministradas com o uso de hormônios sintéticos, seja anticoncepcional oral, injetável, adesivo ou implantes, chips, etc…portanto cautela e conhecimento das propriedades das ervas a serem selecionadas devem ser “a dedo” para cada fase, além da escolha ser muito pessoal e individual, esse é o segredo para um resultado positivo e desejado, intuição nessa hora é muito bem vinda, as ervas pedem aproximação e conversam conosco através de suas propriedades que afloram questões a serem trabalhadas e fortalecidas.

No campo físico atua as propriedades fitoterápicas e no campo sútil, as propriedades fito-energéticas, portanto colocar intenção em cima da erva do momento é fundamental, então faça a sua parte que a erva fará a dela, pode acreditar nessa junção de poderes!

Útero é um baú de memórias a qual a vaporização ajuda a limpar, por isso é muito comum lembrar de coisas do passado como antigos namorados principalmente com os quais houve uma troca energética através de relações sexuais, a conexão com cheiros também desperta muitas lembranças, trabalhe esse despertar de forma positiva, pois não foi o acaso que trouxe isso à tona, lembre-se, é um momento de cura emocional, equilíbrio energético, receba e deixe fluir…

O efeito final é igual tanto para as ervas frescas ou secas, as propriedades são as mesmas independente desse estado, a diferença é que as frescas soltam as propriedades na fervura antes das secas, então o que muda é só o tempo desse preparo, a quantidade indicada é de um punhado na palma da mão ou uma colher de sopa cheia de qualquer uma delas. Ferva as ervas secas por três minutos e as frescas coloque na água assim que desligar o fogo após subir fervura.

Atenção: 1 gota de óleo essencial de rosas por exemplo equivale a 30 pétalas ou seja, muita coisa para usar na vaporização, não é legal então coloca no difusor e entra com a aroma terapia para associar ao seu momento de vapor, mas NÃO use óleo essencial para a vaporização direta ok.

Por vias de regra, toda erva que pode ser ingerida em forma de chá, pode usar para vaporizar e também para banhos de assento, quem não tiver podendo entrar no vapor pelas restrições mencionadas acima, pode optar pelos chás e curtir um escaldas pés em uma bacia. (Livre de BPA por favor)

Importante dizer que o efeito não se restringe ao momento presente do ato e pode reverberar ao longo de três dias ainda, portanto separe o caderninho do vapor e anote tudo, sentimentos, emoções, sonhos, pensamentos, se observe e veja o que faz sentido a partir daí…

Inclua esse ritual dentro do seu auto cuidado e vem sentir o abraço da natureza em seu ser, sinta esse acolhimento e o que mais as ervas podem lhe oferecer, se permita vivenciar essa prática que pode desatar alguns nós do passado deixando a carga mais leve do seu lindo mundo uterino.

Observação: O descarte da água usada para o escalda pés deve ser no ralo, da vaporização em um vaso de plantas ou jardim e do banho de assento na privada.

Texto Ariane Steffen
27/05/2021

Back to list

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *