Conhecida como o hormônio do sono, a melatonina é muito mais que isso, é o maestro dos hormônios e produzida naturalmente em nosso organismo e controlada pelo relógio circadiano, localizado no hipotálamo cerebral e regulada pela luz ambiental, tem seu pico elevado durante à noite. Para que sua produção não seja comprometida é preciso que o ambiente onde se dorme, seja completamente escuro sem interferências de luzes externas ou de aparelhos eletrônicos, caso contrário ela pode ser afetada e isso causará prejuízos às atividades metabólicas como sono, fome e humor além da produção de demais hormônios ligados à ela.
Mas ela não tem indicação para quem tem dificuldade em dormir ou pegar no sono, a função dela é melhorar a qualidade desse sono e não fazer dormir. Sabe aquela vontade de ficar mais um minutinhos na cama e não querer levantar ou acordar cansada e desanimada, ou ainda despertar diversas vezes durante a noite, mesmo que seja para ir ao banheiro? Pode ser um indício de que a qualidade do sono não está legal e possivelmente pela deficiência na produção desse hormônio.
A melatonina é inibidora endógena e reduz a influência do estrogênio no organismo, tem efeito protetor inibindo também a atividade da enzima que eu chamo de vilã na endometriose, a aromatase e por ser antiinflamatório natural, analgésico e anti-oxidante, ela foi foco de alguns estudos que avaliaram seus efeitos a princípio em ratas, um no ano de 2008, outro em 2010 e mais um em 2012 constataram a diminuição de focos e lesões de endometriose, mas ainda era preciso estudar em humanos e em 2013 um estudo brasileiro fez isso e mostrou que em meio à quarenta mulheres que suplementaram 10mg por dia durante oito semanas, foi possível constatar a diminuição significativa das dores no período menstrual, diminuindo a necessidade de uso de analgésicos sintéticos em 80% outros estudos seguiram com ratas em 2015 comprovando a eficácia do tratamento.
Mas alguns médicos relutam em sua prescrição porque a liberação para comercialização em nosso país é algo recente e a dosagem varia entre os estudos em um consenso que parte de 0,2mg à 5mg por dia para quem tem problemas no ciclo chamado de sono-vigília, chegando à 10mg no tratamento complementar da endometriose.
Mas como todos os outros hormônios, é preciso haver equilíbrio, pois não só a falta dele como o excesso, podem ser prejudiciais, portanto não chute o pau da barraca e não suplemente sem saber se realmente há necessidade disso, procure um médico que exerça de preferência a medicina funcional integrativa para te acompanhar e auxiliar.
Lembrando que em sua grande maioria, a única coisa que precisa ser feita para estimular a produção natural e adequada desse hormônio do bem é: apagar as luzes, colocar uma boa cortina escura no quarto, excluir os aparelhos eletrônicos do ambiente para ter uma boa noite de um sono reparador que produzirá a melatonina na mediada certa e que também não adianta nada suplementar e dormir na claridade da janela, ou com o celular do lado, muito menos com uma televisão no quarto.
Todos nós, precisamos sim, ter em média oito horas bem dormidas, de sono com qualidade, sem interferência alguma, para acordar com disposição e muita gratidão!